sábado, 8 de fevereiro de 2014

AMY, minha filha

"Querido papai... Te amo muito, muito e mal posso esperar para vê-lo de novo,
daqui a algumas semanas. Está tudo bem, estou trabalhando muito e não gastei nenhum centavo. Alguns milhares de dólares se foram, mas nenhum centavo. Brincadeirinha.
Beijos, Amy."

Capa do livro - versão Brasil.
        Esta é uma obra dedicada ao amor que é a força mais poderosa do universo e que as vezes transcende até mesmo a morte; escrito por Mitch Winehouse (pai de Amy); traduzido por Waldéa Barcellos; Editora Record; Rio de Janeiro - 2012.
        A narrativa é direta e pode parecer sincera, bem emotiva como um discurso paterno realmente é. Não podemos considerar a morte de Amy em 2011 (ela então com 27 anos) como prematura, pois suas estripulias já haviam passado do limite há muito tempo. Mas claro, foi um choque para sua família e seus fãs.
        Amy passou toda a carreira protagonizando capas de jornais e revistas, ora exaltavam seu talento, ora (na maioria das vezes) relatavam dilemas pessoais como a bebida e as drogas. Não é necessário dizer do talento nato de Amy, mas parecia que ela não se importava muito com isso, tampouco com sua carreira. A cantora viveu do seu jeito, bem particular, do jeito que a imprensa marrom adora, assim, pai e filha sofreram muito.
        A biografia tenta passar por uma confissão de Mitch, de um diário pessoal que se transformou em um livro. É possível entender que Mitch omite muita coisa, claro, é o pai de Amy e como um bom pai quer o melhor para sua filha. Está presente uma narrativa da passagem de Amy pelo Brasil, onde seu pai relata que Amy fez shows perfeitos e sem problemas. Sabemos que não foi assim que aconteceu, foi uma passagem bem tumultuada pelas cidades que visitou. 
        O livro não revela motivos pelo qual Amy se envolveu com drogas pesadas, mas deixa a entender que foram apresentadas por Blake - homem que despertou uma grande paixão na cantora. A obra é uma luta diária de um pai tentando ajudar uma filha "perdida", o que faz ser uma grande história que deve ser lida e compartilhada.
        Podemos afirmar que a história de vida de pai e filha é muito comovente, porém é duvidosa e que para o leitor deixa dúvidas que jamais serão acertadas ou reveladas. Mitch pode ter aproveitado um momento de ascensão pós morte de Amy para vender seu livro, mas como também pode ter lançado a obra com o intuito de ajudar muitas famílias que passam por esse problema. Li, gostei, duvidei de muita coisa. E mesmo assim indico a leitura, é um livro fantástico!

Amy canta Valery - Excelente apresentação!

Nota: Iria postar um vídeo de Amy bêbada no Brasil, em um show em Recife, onde ela caiu no palco. Mas sem explicação (pelo menos acho) me coloquei no lugar do pai de Amy. Se fosse minha filha não gostaria de ver essas cenas, por isso postei uma interpretação da música Valery, uma de minhas preferidas.

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