É
bastante comum encontrarmos comparações entre Linux e Windows. Algumas apontam
pontos fortes e fracos de cada um, outras apenas atacam o rival. Porém, poucas
são aquelas realmente tiram as dúvidas dos usuários.
ACESSO COMPLETO X SEM ACESSO
Provavelmente, a maior diferença
entre o Windows e o Linux, é que no Linux você tem acesso completo ao código
fonte. Isso ocorre porque o Linux está sob a GNU Public License (GPL), e todos
os usuários, de todos os tipos, podem acessar (e alterar) o código do kernel do
sistema. Você quer fazer o mesmo com o Windows? Boa sorte. A menos que você
faça parte de um seleto grupo de pessoas, você nunca irá colocar os olhos no
código-fonte do sistema operacional da Microsoft.
LIBERDADE DE LICENÇA X RESTRIÇÕES DE LICENÇA
NU, licença do kernel Linux. |
Com um sistema Linux, licenciado sob a GPL,
você é livre para modificar, lançar novamente e até vender os aplicativos que
você usa (desde que mantenha o código fonte disponível). Além disso, com a GPL,
você pode baixar uma simples cópia de uma distribuição Linux e instalar em
quantas máquinas você queira. Com a licença Microsoft, você não pode fazer
nenhum dos dois e é obrigado a usar apenas o número de licenças compradas. Se
comprou 10 licenças do Windows para sua empresa, por exemplo, só pode instalar
o Windows legalmente em 10 máquinas. Se instalar em mais de 10 máquinas, estará
descumprindo o contrato aceito no momento da instalação do sistema operacional.
SUPORTE ONLINE COMUNITÁRIO X SUPORTE VIA HELP-DESK PAGO
Isso
pode até ser um empecilho para que empresas usem o pinguim, mas, com o Linux,
você tem suporte de um grande número de fóruns e sites de ajuda (como o Guia do
PC Respostas), busca online e uma gama de sites dedicados sobre o assunto. E,
claro, é possível comprar contratos de suporte com algumas grandes companhias
de Linux, como a Novell e a Red Hat.
No
entanto, se você quer suporte gratuito no Linux, não pode ter pressa. Isso
porque, quando você reporta uma dúvida em um fórum de discussão, por exemplo, é
possível que espere 10 minutos para que seja respondido, como também pode
demorar horas ou dias, ou até mesmo nunca ser respondido. Mas, geralmente, os
principais problemas no Linux são documentados e, as chances de você conseguir
uma resposta rápida é grande.
Do outro lado da moeda está o
Windows. Sim, você tem o mesmo suporte de usuários Windows em fóruns que
abordam o sistema, e pode contatar o suporte da Microsoft também. De muitas
pessoas que contrataram o suporte pago do Linux, ou o suporte pago da
Microsoft, não dá pra dizer qual fica mais satisfeita.
SUPORTE COMPLETO DE HARDWARE X SUPORTE
PARCIAL
Com
o Windows, você sabe que cada parte do hardware irá funcionar no seu sistema.
Claro, há uns e outros que, eventualmente, demandarão mais tempo na caça a
drivers que você não possua o CD de instalação. Você então pode descansar
tranquilo sabendo que aquela placa de vídeo de última geração provavelmente vai
funcionar no máximo de sua capacidade.
LINHA DE COMANDO X SEM LINHA DE COMANDO
Não
importa onde a evolução do Linux chegue, ou quão fantástico o ambiente desktop
possa se tornar, a linha de comando será sempre uma ferramenta imprescindível
para propósitos administrativos. É
difícil imaginar uma máquina com Linux sem a linha de comando. Entretanto, para
o usuário final, já é algo bastante próximo da realidade. Você pode usar o
Linux por anos sem jamais tocar na linha de comando, assim como você faz no
Windows. E embora você possa utilizar a linha de comando no Windows, ela não
será tão poderosa quanto é no Linux. A Microsoft tende a esconder o prompt de comando do usuário. A menos
que você acesse o “executar” e entre com “cmd”, o usuário provavelmente nem
saberá que a linha de comando existe no Windows. E mesmo que ele consiga
acessá-la, não terá utilidade nenhuma, já que praticamente todas as
configurações do Windows são feitas pelo ambiente gráfico.
INSTALAÇÃO CENTRALIZADA DE APLICATIVOS
X
INSTALAÇÃO DESCENTRALIZADA
Com qualquer distribuição Linux atual, você tem um
local onde é possível procurar, adicionar ou remover softwares. São os
gerenciadores de pacotes, como o Synaptic. Com ele, você pode abrir uma única ferramenta, procurar por uma aplicação (ou um grupo de aplicações) e instalar sem fazer qualquer busca na internet. Mesmo assim, é importante lembrar que softwares sem pacotes pré-compilados existem, e complicam muito a vida do usuário iniciante.
O Windows não tem nada parecido
com isso. No Windows, você precisa saber onde encontrar o software que você
pretende instalar, baixar o software (ou colocar o CD no drive), e executar
setup.exe ou install.exe. Por muitos anos pensamos que instalar aplicativos no
Windows era mais fácil que no Linux, e por muitos anos estavamos certos. Não
agora. Instalar aplicativos no Linux é simples, indolor e centralizado – na
maioria das vezes.
FLEXIBILIDADE X RIGIDEZ
É comum compararmos Linux e
Windows a outros hábitos do cotidiano. Carros e motos, casas e apartamentos… mas
vamos tentar nos ater ao desktop em si. A não ser que você pretenda pagar para
instalar um aplicativo de terceiros, para alterar a aparência, por exemplo, no
Windows você terá que se contentar com o que a Microsoft decidiu que é bom pra
você (ou modificar arquivos do sistema, o que, pelo menos em teoria, é proibido
pela licença). No Linux, você pode confortavelmente fazer seu desktop ter o
“look and feel” que é a sua cara. Você pode ter exatamente o que você quer.
Desde um ambiente gráfico simples, como o Fluxbox, até uma experiência 3D
completa com o Compiz.
FANBOYS X CORPORATIVISMO
Entrada frontal do campus da Microsoft em Redmond, nos Estados Unidos. |
Mesmo o Linux tendo atingido um
nível superior ao de projeto escolar, os usuários tendem a ser fanáticos que
apelam para os mais diversos tipos de medidas para fazer você escolher o Linux
e não o Windows. Muitos dos ditos fanboys ainda tentam recrutar novos para o
bando, e isso é realmente muito ruim. Muitos acham que isso não é profissional.
Mas por que algo que é digno de um trabalho de grandes empresas precisa de
“animadores de torcida”? O programa não deveria fazer sucesso sozinho? O
problema é que com a natureza livre do Linux ele tende a ter uma diferença de
marketing em relação ao milionário orçamento da Microsoft. Por isso existe a
necessidade de se ter mihares de fãs ao redor do mundo para espalhar o sistema.
E o boca-boca é o melhor amigo do Linux.
Muita gente imagina que a imagem
do Linux como sistema operacional possa ser prejudicada pelos fanboys do
sistema. Mas preferimos discordar. Outra companhia, graças ao fenômeno de seu
simples tocador de música e telefone, sofreu do mesmo problema, e até agora a
imagem dela não foi prejudicada por isto. O Windows não tem estes mesmos fãs.
MONTAGEM AUTOMÁTICA DE MÍDIA REMOVÍVEL
X
MONTAGEM NÃO- AUTOMÁTICA
Está fresco na memória os velhos
tempos que tínhamos de montar o disquete para usá-lo e desmontar para
removê-lo. Pois bem, isso está prestes a chegar ao fim – mas não completamente.
Uma questão freqüente de novos usuários Linux é o modo como a mídia removível é
usada. A ideia
de ter que “montar” manualmente uma unidade de CD para acessar seu conteúdo é
totalmente estranha para novos usuários. Há uma razão para isso ser
assim. O Linux sempre foi uma plataforma multiusuário, por isso, pensava-se que
forçar um usuário a montar uma mídia para usá-la ajudaria salvar os arquivos
desse usuário de serem substituídos por outra pessoa. Pense nisso: Em um
sistema multiusuário, se todos tivessem acesso instantâneo a um disco que foi
inserido, o que impediria de excluir ou sobrescrever um arquivo que tinha
acabado de ser adicionado à mídia? Agora as coisas têm evoluído ao ponto em que
no Linux, subsistemas são criados e configurados de forma que você pode
utilizar um dispositivo removível da mesma forma que utilizaria no Windows. Mas
essa não é a regra.
RUN LEVELS MULTI-CAMADAS X RUN LEVEL ÚNICO
Com
o Windows você terá sorte de usar a linha de comando em modo seguro – e então
você pode (ou não) ter as ferramentas necessárias para resolver o problema. No
Linux, mesmo no run level 3, você pode obter e instalar uma ferramenta para
ajudá-lo. Ter diferentes run levels também é positivo de outras maneiras.
Digamos que a maquina em questão seja um servidor Web ou de e-mail. Você quer
disponibilizar a ele toda a memória instalada, portanto não poderá iniciar a
maquina no run level 5. Entretanto, em certos momentos você talvez precise da
interface gráfica para administrar o sistema (embora isso também seja possível
por linha de comando). Graças ao comando startx a partir da linha de comando no
run level 3, você terá acesso a interface gráfica também. No Windows você
ficará preso ao run level gráfico, exceto quando enfrentar um problema
realmente sério.
Sequência: "Atualização de Softwares".
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.