terça-feira, 5 de abril de 2011

A história da Ditadura Militar ganha espaço na TV!

Logomarca oficial da nova trama do SBT.
Amor e Revolução!

          Amor e Revolução é uma novela brasileira, escrita por Tiago Santiago e produzida pelo SBT. A estreia está confirmada para 5 de abril de 2011.
          A trama narra uma história de amor entre José Guerra, filho de um militar, e Maria Paixão, líder de um movimento estudantil que combate com forças armadas a ditadura militar no Brasil.
          Curioso é que antes das filmagens, o SBT proporcionou para todo o elenco e produção um workshop sobre a ditadura militar, inteirando-os sobre o assunto. Tudo bem que o "laboratório" é sempre de grande valia para os atores, mas um fato histórico nacional é obrigação de todos saberem!
          As gravações da novela começaram dia 10 de janeiro de 2011, com um treinamento militar, os atores tiveram aulas sobre como manejar armas. Para as cenas de ação, os atores aprenderam sobre artes marciais, aulas de expressão corporal e coreografia de luta para a composição de cenas e caracterização de personagens.
          Entre os dias 5 e 7 de fevereiro de 2011, sem a autorização do SBT, cenas da novela foram disponibilizadas no YouTube, tendo a primeira, mais de 47 mil visualizações.

Cópia?...

           Para encerrar todos os capítulos de Amor e Revolução, serão usados depoimentos de pessoas que sofreram com a ditadura militar entre 1964 a 1985. É semelhante aos depoimentos que iam ao final de cada capítulo das novelas Páginas da Vida e Viver a Vida ambas de Manoel Carlos, transmitidas pela Rede Globo em 2006 e 2009, retradando as dificuldades verídicas do dia a dia da população.
          José Dirceu foi o primeiro a gravar o depoimento. Dilma Roussef negou o convite para relatar sua experiência histórica. Muitos politicos ou apoiadores da causa na época, negaram dar depoimento, alegando ter medo de que mudem o que falaram na edição do vídeo.

Divulgação e polêmica...

          O SBT criou uma polêmica ao divulgar chamadas da novela. "Só o SBT tem a coragem de passar a limpo a história recente do nosso país", visto que a Rede Globo na época, apoiou o golpe militar.

A Trama...

          Ambientada no Rio de Janeiro e em São Paulo, a trama tem início com a Revolução de 1964 e perpassa pelo período mais obscuro da ditadura militar, os chamados anos de chumbo.  De acordo com o autor, Tiago Santiago, a intenção é narrar a história de personagens diretamente ligados ao tema da ditadura, seja a favor ou contra, como militares, guerrilheiros, torturadores, artistas, jornalistas, advogados e estudantes nos anos brutais da repressão. É possível que a trama avance até a guerrilha do Araguaia, no começo da década de 70.
          “Amor e Revolução” será uma novela dinâmica, com muita ação, fortes emoções, cenas de suspense, perseguições, tiroteios, torturas, ao lado de cenas românticas e heróicas. A novela levantará discussões sobre as mudanças comportamentais na década de 60, como o feminismo, o movimento hippie, a cena teatral e musical, as transformações provocadas pela moda, entre outras revoluções culturais dos anos 60.

A trilha sonora...

          No final do ano de 2010, abordei o tema Manifestações Artísticas na Ditadura Militar em sala de aula. Mostrei aos meus alunos a maioria das canções que estão presentes na trilha sonora de "Amor e Revolução". Eles não aprovaram. É claro, são músicas antigas e desconhecidas por muitos. A trama tem oportunidade de popularizar músicas esquecidas, além de ampliar os conhecimentos sobre a Ditadura Militar.
          Em um total de 28 canções, as principais músicas são: "Alegria, Alegria” de Caetano Veloso; “Apesar de Você” de Chico Buarque; “Cálice” em duas versões: de Chico Buarque e de Milton Nascimento e Pitty;  “Coração de Papel” de Ângela Márcia e Sérgio Reis;  “London, London” de Caetano Veloso; "Pode vir quente que eu estou fervendo" de Ultraje a Rigor; "Gita" de Raul Seixas; "Domingo no Parque" de Gilberto Gil e Os Mutantes e "Pra não dizer que eu não falei de flores" de Fafá de Belém.

Teaser...

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